Ação é um título negociável que representa a menor fração do capital social de uma empresa. Quem investe em ação está comprando um “pedaço” da empresa, portanto, está tornando-se sócio. Como sócio, o investidor passa a correr os riscos deste negócio, bem como participar dos lucros e prejuízos da empresa como qualquer empresário.
Negociação de ações
A empresa abre capital quando negocia uma parte da empresa em forma de ações. O objetivo dessa estratégia é financiar suas atividades com custo menor que o oferecido por financiamentos bancários. No Brasil, a compra e venda de ações acontece na BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Quando ocorre a abertura do capital da companhia (IPO), as ações são negociadas no mercado primário. Nessa operação a empresa negocia diretamente com o investidor, e os recursos arrecadados serão investidos em suas atividades-fim.
Posteriormente, as ações são negociadas no mercado secundário, nas Bolsas de Valores. Nessas negociações a empresa não arrecada mais recursos, os valores são transacionados entre investidores apenas. A função do mercado secundário é oferecer liquidez aos títulos emitidos no mercado primário.
Risco x Retorno
Diferente de títulos de renda fixa, não existe risco de crédito em investimentos em ação. Não há promessas de pagamentos de terceiros.
O principal risco, nesse caso, é o chamado risco de mercado. Que significa o risco de o mercado desvalorizar o preço da sua ação. Assim, caso decida vender a ação, o investidor pode ter que vender a um preço mais baixo do que comprou, fechando a operação com prejuízo.
Assim, ação pode ser entendida como um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, mas vai depender das cotações nos mercados.
O preço da ação muda o tempo todo durante o pregão. Ocorre uma tendência de aumento do preço da ação quando existe uma pressão de compra, ou seja quando há mais investidores tentando comprar que investidores tentando vender o papel. Caso contrário, se houver mais vendedores, a preço tenderá a cair.
O retorno em investimentos em ações é bastante volátil, pode ser muito alto ou muito baixo. Os fatores que interferem no resultado dessa operação são bastante diversos. Com isso, o perfil do investidor de bolsa é um investidor agressivo, o que geralmente remete a alguém com maior conhecimento do mercado.
Tipo de Ação
Existem dois tipos de ações, a ação ordinária e ação preferencial.
Investidores que possuem ação ordinária tem direito a voto em assembleia. Porém a representatividade desse voto é proporcional ao número de ações do investidor. Investidores com menor número de ações são chamados de minoritários. Investidores com maior número de ações são chamados controladores.
Outra vantagem da ação ordinária é o chamado tag along. O tag along representa o direito de acionistas minoritários de ações ordinárias em participar do prêmio de controle. Esses acionistas possuem o direito de receber por suas ações no mínimo 80% do valor pago para o controlador em caso de venda da empresa. O tag along pode ser de até 100% deste prêmio.
Investidores que possuem ação preferencial não tem direito a voto e assembleia, nem tag along, porém tem preferência no recebimento de dividendos. Os valores do dividendos podem ser superiores. Além disso, esse tipo de ação costuma ter maior liquidez na bolsa.
Como escolher a empresa?
Existem duas grandes escolas de análise de investimentos, a análise Fundamentalista e análise técnica.
A análise fundamentalista prioriza empresas que tem bons fundamentos. Ter bons fundamentos significa, boa geração de caixa, de forma consistente e crescente. O investidor fundamentalista acredita na empresa que investe e seu objetivo é de longo prazo. Assim, esse investidor não se preocupa com oscilações de curto prazo.
Análise técnica, por outro lado, faz análise priorizando objetivos de curto prazo. Investidores com perfil mais agressivo buscam aproveitar-se da volatilidade do preço das ações, para comprar e vender ações, para realizar lucros rápidos. Essa análise é feita através da leitura das tendências das negociações na bolsa.