Mesmo que você esteja começando no mundo dos investimentos, provavelmente já ouviu falar em produtos de Renda Fixa e Renda Variável.
Mas você sabe a diferença entre elas?
Rentabilidade
Basicamente, a diferença entre renda fixa e renda variável é quanto à previsibilidade do retorno do investimento.
Produtos de renda fixa são aqueles que no momento da aplicação já se conhece a rentabilidade futura da operação, ou como será o seu cálculo.
Produtos de renda variável, por outro lado, não há qualquer previsibilidade de quanto irá ser a rentabilidade da operação de investimento.
Investimentos de renda fixa possuem duas formas de remuneração, pré-fixada ou pós-fixada. Quando a taxa é prefixada a taxa de retorno é conhecida na aplicação, na taxa pós-fixada, é conhecida apenas a forma de cálculo de sua rentabilidade, mas a rentabilidade pode variar. Esse é o caso de rentabilidade indexada ao CDI ou ao IPCA, por exemplo.
Um detalhe importante, é que a remuneração pactuada só vale se respeitado o prazo de vencimento. Alguns exemplos de produtos de renda fixa são: CDB, Títulos públicos, LCI, LCA.
Nos investimentos de renda variável, o investidor não tem como saber, antecipadamente, qual será a rentabilidade de seus investimentos. Esse investimento, no entanto, poderá proporcionar um retorno maior do que o obtido em aplicações de renda fixa.
No caso de renda variável a rentabilidade advém da valorização do ativo no período de investimento. A taxa de retorno pode ser calculada ao fim do prazo de aplicação fazendo a razão ganhos pelo capital investido.
Por exemplo, no caso de um investimento em ações de uma empresa A, como saber o retorno ao fim da aplicação? Simples, faz a seguinte conta: preço final menos o inicial (esse é o ganho com a ação) e divide pelo preço inicial.
Os principais produtos de renda variável são: ações, opções, Certificado de Operações Estruturadas (COE), Fundos Multimercado, Fundos de ações e operações no Mercado Futuro.
Riscos
O retorno de investimentos em produtos de Renda fixa, portanto são mais previsíveis, menos voláteis, o que significa risco menor. Mas isso não significa risco zero. É possível notar volatividade significante em aplicações indexadas à inflação, por exemplo.
Além disso, outro risco que costuma preocupar os investidores, é o chamado risco de crédito. Esse é o risco da outra parte não cumprir o contrato. O risco do banco emissor do CDB quebrar, por exemplo. Bem, para esse risco diversos produtos de renda fixa contam com o Fundo Garantidor de Créditos. O FGC garante a cobertura de capital em até R$250.000,00 por emissor. O investidor deve lembra-se de fazer o cálculo para não ultrapassar esse limite.
O risco para produtos de renda variável, representado pela volatividade é bem superior ao dos produtos de renda fixa. Para investir nesses produtos, o investidor deve ficar a vontade com essas oscilações. Caso contrário, pode tomar decisões equivocadas na primeira queda de preço.
Relação risco x retorno
Quando falamos em investimentos, existe uma regra universal que diz que quanto maior o risco e o tempo que o dinheiro fica investido, maior é o retorno. É o chamado prêmio pelo risco, uma remuneração pelo adiamento do consumo.
Títulos de Renda Fixa de longo prazo, por exemplo, tendem a pagar uma taxa de juros maior que outro com um prazo menor.
Da mesma forma, investimentos em renda variável, com mais risco, no longo prazo tende a ter um retorno superior aos investimentos de renda fixa de longo prazo.