O perfil do investidor é fundamental para seleção da carteira de investimentos que lhe deixará mais próximo ao seu objetivo. É preciso considerar algumas características pessoais do investidor, sua situação financeira e objetivos para identificar quais produtos atenderão suas necessidades.
As perguntas devem identificar o perfil de risco, valor do investimento, prazo de aplicação e qualificação do investidor.
Perfil de risco
Essa classificação considera a capacidade de absorção de riscos do investidor.
- Conservador: Não aceita oscilações em seu patrimônio. Tem como prioridade a manutenção do patrimônio. Esse investidor pretende obter rentabilidade um pouco acima da inflação.
- Moderado: Aceita um pouco de oscilação para melhorar a probabilidade de um retorno um pouco melhor, mas sem exageros.
- Moderado-agressivo: Aceita risco desde que o retorno seja atraente. Busca resultado de aumento do patrimônio no longo prazo. Não grandes riscos, expõe apenas parte do patrimônio em produtos de média oscilação.
- Agressivo: Está disposto a assumir riscos, pois quer aumentar bastante seu patrimônio. Tem situação financeira atual que permite arriscar mais, tolerando com frieza momentos de crise financeira.
Perfil de prazo de aplicação
Quanto maior o prazo, melhor a rentabilidade, mas há de ser realista quanto a efetiva capacidade de postergação do consumo. Se a estimação do período de investimento estiver errada, a saída antecipada gerará custos que podem ser muito penosos.
- Investidor de curto prazo: Preza pela liquidez, pode ou vai precisar do recurso em pouco tempo.
- Investidor de médio prazo: Não precisa de tanta liquidez, pode investir parte dos recursos com prazo de médio a longo.
- Investidor de longo prazo: Tem longo horizonte de investimento. Pode ter pequena parte do recurso aplicado com liquidez, mas a maior parte ficará para longo prazo.
Perfil de valor de investimento e qualificação do investidor
Cada produto tem um perfil de valor de investimento, que pode ser reconhecido ao analisar suas características específicas. Características como os custos de transação, o valor unitário (do título, operação, ação …) e o risco intrínsecos ao produto.
A partir de tais informações, é possível escolher produtos adequados para o valor do montante disponível para aplicação. Embora um investidor com poucos recursos possa investir em ações, por exemplo, mas não seria o mais adequado. Nesse caso, ele estaria assumindo alto risco, pois não conseguiria diversificar.
Investidores são informalmente classificados, baseado no valor investido, em pequeno, médio ou grande investidor, o último também chamado investidor qualificado.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia que regula o mercado de capitais, combina critérios quantitativos e qualitativos para classificar os investidores.
- Investidor varejo: Esse perfil movimenta valores modestos, além disso tem baixo nível de conhecimento e experiência de mercado. Portanto é mais vulnerável ao risco de assimetria informacional.
- Investidor profissional: São aquelas com grande conhecimento do mercado. Geralmente trabalham gerindo carteiras: Instituições financeiras, agentes autônomos, Fundos de investimentos…
- Investidor qualificado: são clubes de investimentos ou pessoas que possuem certificação ou ainda investidores individuais que possuem mais de 1 milhão investido. A CVM considera que quem tem tal quantia, já se qualificou para proteção e multiplicação de suas reservas.
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Para ser adequado ao perfil do investidor, o grau de sofisticação do produto deve ser compatível com o nível de conhecimento dele . Com o propósito de proteção do investidor de varejo a instrução da CVM proíbe a aquisição e/ou negociação de determinados produtos específicos, mais complexos, por investidores com capacidade financeira limitada.
Para conhecer mais sobre a prática do suitability no mercado de capitais brasileiro, acesse o site da ANBIMA , associação de Entidade do Mercado Financeiro e de Capitais, aqui.
Como é possível notar, cada característica do perfil do investidor interfere na estratégia de investimento que deve ser adotada na formação da sua carteira.